quarta-feira, 19 de junho de 2013

Eu fui para as ruas, e agora?

Era 17 de junho, mais uma segunda-feira rotineira de trabalho, porém as imagens que se via na TV e nos sites de noticia diziam outra coisa. O país continental se reunia por uma causa ou pelo menos era para ser.
Tudo começou com vinte centavos. O movimento Passe Livre de São Paulo ganhou passagem pelo Brasil e despertou o descontentamento canalizado nos cidadãos que sempre souberam respeitar e concordar com tudo o que viam na mídia. De repente São Paulo se tornou Bahia, Rio Grande do Sul, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Brasília e mais de repente ainda, a moda da capital chegou ao interior. E no outro dia os jovens de São José do Rio Preto se organizavam para irem às ruas.
Não menos que os outros, meus olhos brilharam ao ver que a minha juventude também queria  fazer revolução. E os olhos que brilharam também se decepcionaram.
Quando cheguei na avenida, a manifestação vinha de encontro comigo e entrei em  uma enxurrada de cartazes, bandeiras, gritos e caras pintadas. Demorou um tempo até que eu pudesse sentir o clima da situação e vi que não era somente eu quem estava perdida.
Foi então que comecei a perceber que por mais que estivéssemos juntos, não estávamos unidos. Cada um estava ali defendendo causas próprias. Alguns estavam na manifestação para postar na sua Timeline que estiveram lá.  Outros carregavam palavras lindas em cartazes com músicas que  um dia já foram censuradas, porém o rosto daquele jovem dizia que ele mal sabia o peso das palavras que carregava consigo. 

Somos fruto de uma juventude acomodada, mal informada e manipulada. Talvez eu tenha colocado esperanças demais em uma manifesto onde essa juventude estaria. Talvez seja porque não fomos treinados para manifestar nossas opiniões de maneira organizada.Ou ainda, porque essa foi a chance de descarregarmos nossos descontentamentos guardados á décadas e estejamos caminhando para algo bom, mas vejo isso ainda distante e muito talvez.

* A manifestação teve início por volta das 17hs em frente à Prefeitura, percorreu a  Av. Alberto Andaló e  terminou ás 22hs em frente à Câmara Municipal. Segundo a Polícia Militar, apesar de alguns manifestantes tentaram furar o bloqueio feito pelos policiais, a manifestação foi pacífica e reuniu cerca de 4 mil pessoas. Sexta-feira, dia 21, será realizado o II Ato - Rio Preto nas ruas. Além de São José do Rio Preto, a manifestação deve atingir até o final da semana cidades  como Novo Horizonte, Mirassol, José Bonifácio, Olímpia, Tanabi, entre outras da região.


segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Caminhada de conscientização sobre câncer de mama reúne mais de duas mil pessoas em Catanduva


Obs:  A criação do  evento, participação de empresas e personagem são fictícios e  fazem, parte da realização de um trabalho acadêmico. Dados do INCA são verídicos. Agradecimento especial a  ONG  Sempre Viva. 


Mais do que um outubro rosa, a associação Sempre Viva de Catanduva em parceria com  a Natura e Unimed, promoveu neste sábado, um evento de continuidade sobre a importância da prevenção e tratamento do câncer de mama.

A concentração do evento que reuniu cerca de dois mil participantes na praça da matriz, teve início às oito horas com a abertura feita pela coordenadora da ONG Sônia Ceneviva, comentando sobre a importância do auto-exame para a prevenção do câncer. Logo após a abertura, o psicólogo Ricardo Silva e a terapeuta Luiza Senobeli, realizaram palestras de instrutivas para mulheres que fizeram a mastectomia (cirurgia de retirada do seio). 
Também estava disponível uma unidade móvel da Unimed equipada para a realização gratuita de mamografia para mulheres com mais de 40 anos, como é o caso de Elza Silveira,42:



“Pela idade, já estou no grupo de risco e por enquanto não há nada de anormal. Acho importante um diagnóstico precoce que facilita o tratamento da doença” Comenta após realizar a mamografia.




Segundo dados do INCA (Instituto Nacional de Câncer),o câncer de mama é o tipo de Neoplastia Maligna que mais atinge as mulheres, a previsão de  2012 que também é válida para 2013, é de 52.680 casos para cada 100 mil habitantes,  incidência maior que o câncer de colo de útero que tem uma previsão de 17.540 casos.

Distribuição proporcional dos dez tipos de câncer mais incidentes estimados para 2012, exceto pele não melanoma, segundo INCA*


Localização Primária
Casos Novos
Porcentual
Mama Feminina
52.680
27,9%
Colo do Útero
17.540
9,3%
Cólon e Reto
15.960
8,4%
Glândula Tireoide
10.590
5,6%
Traqueia, Brônquio e Pulmão
10.110
5,3%
Estômago
7.420
3,9%
Ovário
6.190
3,3%
Corpo do Útero
4.520
2,4%
Sistema Nervoso Central
4.450
2,4%
Linfoma não Hodgkin
4.450
2,4%
*Números arredondados para 10 ou múltiplos de 10

Além disso, foram sorteados kits com produtos da Natura para os participantes do evento antes da caminhada que saiu ás dez horas e percorreu toda a Avenida Brasil.

Segundo Sônia Ceneviva, a Associação Sempre Viva que está em ativa desde 2004, e  além de promover campanhas em parceria com empresas como  Natura e  Unimed, trabalha com o objetivo de garantir uma melhor qualidade de vida física, social e emocional para mulheres com câncer de mama.


Lilian Morais, 45, é uma das mulheres que realizaram mastectomia e recebe apoio da Sempre Viva

“Quando descobri que precisava retirar o seio foi um baque. A baixa auto-estima e a vergonha me impediram de fazer muitas atividades, eu não usava blusas apertadas e mal saia de casa. Quando procurei a Sempre Viva e recebi todo apoio e orientação, me senti uma mulher renovada. Hoje faço tudo normalmente e ainda ajudo na ONG produzindo artesanatos e próteses de polietileno.”



A ONG se localiza na Rua Cambé, nº11, Vila Engrácia- Agudo Romão. Telefone: 3523-5026.

Veja as fotos do evento no blog da Sempre Viva: http://semprevivacatanduva.zip.net/
Mais informações  sobre outros tipos de câncer no site do INCA (Instituto Nacional do Câncer)
www.inca.gov.br


  Esse vídeo desenvolvido pela agência Fato tem o intuito de conscientizar sobre  os DANOS causados pelo câncer de mama,  mostrando 
a importância de se   promover campanhas de conscientização.  
Cuide de quem você ama, faça o auto-exame.





terça-feira, 20 de novembro de 2012

Relatos de uma surdez.


Tchau -Te amo

Já reparou o quanto o som dessas duas palavras insignificantes são parecidas? Mais ainda quando se fala ao longe, sem os olhos por perto.
Breve,  rápido.
Mas não é só a sonoridade que as aproxima.
A falta de profundidade e coesão, deixam a despedida e o amor cada vez mais vagos e próximos.
Deixar e amar ou quem sabe, deixar de amar. Amar?
Feliz é o poeta que ama a vida e se embebeda dela.
Falso poeta! 
que ilude os ouvidos e os corações abobados.
Quem ama, não escreve, não fala e não canta.

T R A N S B O R D A – S E

Traiçoeiras palavras...
Surdas ao coração cego.


quarta-feira, 25 de julho de 2012

Um tempo para a infância.




Olho pela janela e o dia começa com uma manhã de sol quente e vento frio, típica de outono fora de época. O barulho do vento nas folhas das árvores,o cheiro fresco no ar e a solidão da rua vazia, me  faz recordar um tempo bom...

Um tempo onde a maior preocupação era se ia ter batata frita no almoço. Tempo em que a ansiedade era o horário de brincar e  tristeza era quando se tinha que partir para tomar banho. Malandro era o Pica-Pau, esperto o Papa-léguas, e o ferrado  na vida, o Coyote. Disputa era de bei-bleide. Ciúmes era da Sandy que cantava com o Júnior. Dormir tarde, era as 10! Trabalho era guardar os brinquedos. Saudade, era da mãe que tinha ido à vendinha comprar pão. Dor eram as cáries de tantos doces. Mentira grande era dizer que tinha comido tudo. Ter a força, era ser o Rimen.  Hakuna Matata era música. Obra de arte era desenho de homens palitos. Rebolar era no bambolê. Decepção era não ganhar 3 estrelas da professora. Desafio era aprender a escrever de mão. Choro era de esfolar os joelhos de tanto brincar na rua. Susto era dos monstros dos pesadelos e Levantar de um tombo, era levantar de um tombo.

Agora somos maiores de  I D A D E   e todos esses probleminhas, maiores de  VERDADE .

E num estalo de realidade,  vejo que não há mais o que fazer, sorrio para vazio e  olho para o  relógio no pulso. Mais uma vez  estou atrasada para servir  ao senhor tempo. É hora de voltar a ser Gente Grande.

Crédito da foto: Danilo Pires
No facebook dele você encontra mais fotos: https://www.facebook.com/danilo.pires.777 

quinta-feira, 12 de julho de 2012

Hoje é dia de Rock, bebe!




Dia 13 de Julho é o  Dia Mundial do Rock e  nada melhor do que falar com quem entende do assunto.
Nemodes e 4LOUD são duas bandas de José Bonifácio, confira na entrevista um pouco sobre quem são eles e o que mais gostam de fazer:  Rock’n Roll!
A banda Nemodes é uma banda jovem, com a média de idade de 17 anos, formada por: Marcelo Mendonça (Vocalista), Gui Fernandes (Guitarrista), Turko (Contra-Baixista) Geraldo Neto (Guitarrista) e Rafael Nonato (Baterista). A banda existe há três anos, tem cinco músicas próprias gravadas: , "A Energia", "Todas Elas", "Não É Nada Assim", "Onde É Que Está" e "Eu e Você".  e está projetos ambiciosos:

Nemodes -  Cada música tem um traço marcante de nossas influências e abordam temas diversos. Como no caso "Todas Elas", que é uma homenagem às mulheres ou "Onde É Que Está" que é uma crítica à política e ao povo brasileiro. As três primeiras já foram lançadas como single, e estamos lançando um EP com as cinco músicas com uma tiragem bem limitada. E estamos com um projeto, de no primeiro semestre de 2013 estarmos lançando nosso primeiro CD.

Qual o significado do nome da banda?

Nemodes - O real significado de Nemodes nós não temos. O nome da banda foi dado bem no início, por um ex-integrante. Queríamos algo que soasse original e ao mesmo tempo diferente. E desde então somos a Nemodes.

Porque montar uma banda de rock? Como vocês começaram?

Nemodes - Nós, os cinco integrantes, desde pequenos ouvimos rock. Por meio de um irmão mais velho, ou de um tio, ou por realmente gostar e estar no sangue mesmo. E desde pequeno
sempre foi um sonho ter uma banda de rock. Todos nós começamos com 12, 13 anos, mas ainda por hobbie. Nós sabíamos muito bem o que queríamos, só não estávamos fazendo corretamente. Ainda éramos bem garotos, no começo da aprendizagem mesmo. Nenhum ainda tinha aquela ambição de gravar uma música, ou até chegar a gravar cinco músicas, ou até estar em um projeto de um CD! Por mais que sonhávamos, isso parecia muito distante. Ainda estamos bem longe do que sonhamos, mas estamos muito à frente das nossas próprias expectativas.

Qual a principal dificuldade que enfrentam?

Nemodes - A principal dificuldade que enfrentamos é a falta de oportunidades que temos por morar em uma região onde o Rock'n Roll não tem muitos privilégios.
Outro fator que nos dificulta é a falta de confiança das casas de shows por sermos novos ainda, porém sempre que tocamos conseguimos agradar desde o público mais jovem ao público mais velho, aí vem a confiança do pessoal para com a gente. Mas ainda falta oportunidades por parte de organizadores de eventos em nossa cidade.

Qual artista/banda que inspira ou influencia vocês?

 Nemodes - Seria injusto dizer um artista ou banda que nos influencia e inspira. Cada integrante tem um traço marcante de sua influência, mas no geral nós gostamos muito do rock'n roll clássico. Não há como responder uma pergunta dessas sem falar de Beatles, Kiss, Led Zeppelin... Quanto ao rock nacional, nossas principais influências são Raul Seixas e Camisa de Vênus. E apesar de termos como inspiração e influência, nós tentamos fazer um som autêntico e marcante, para que o público ouça e identifique o som com a gente.

 Como é fazer rock? Qual o sentimento?

Nemodes - Essa é uma pergunta subjetiva, fazer rock é fazer rock, não existe nada igual para usar de exemplo. O sentimento é mágico. Você se sente o dono do mundo, sente uma adrenalina inexplicável. Você se sente livre para fazer e acontecer. É algo que se sente na alma.

Qual a opinião de vocês sobre o rock nacional nos dias atuais?
Nemodes - Muita gente critica duramente o cenário do rock nacional atual, porém é uma crítica sem fundamentos. Existe muita banda boa com material próprio hoje no Brasil, porém ninguém da oportunidades e ninguém as procura. As únicas bandas, consideradas novas, que estão despontando no cenário musical hoje são bandas independentes, que arcam com seus próprios custos e o custo para você se manter nesse meio artístico brasileiro é muito alto. Isso explica o por quê de muitas bandas desistirem do sonho na metade do caminho.
O que a Nemodes diria para aqueles que ainda não são apaixonados pelo rock?
Nemodes - "Vamos conquistar vocês. Aguardem!"

A banda 4LOUD existe oficialmente há dois anos e é formada pelos músicos: Binho Lemes (Guitarrista e Baking Vocal), Jeff  (Vocalista), João Leal (Baterista) e Victor  (Baixista), com uma média de idade entre 25 e 30 anos,essa galera mais experiente conta como tudo começou:
4LOUD - Nos conhecemos desde a adolescência. Naturalmente, devido ao estilo e idéias semelhantes como projeto musical, decidimos começar a fazer shows. Desde o primeiro momento em que tocamos juntos, sentimos que estávamos entre irmãos fazendo o que mais amávamos. Rock and Roll!
O que significa 4LOUD?
4LOUD - O nome da banda surgiu a partir de uma função que existe no aparelho do carro “LOUD”. Quando acionada, o som fica mais pesado, encorpado. Daí a idéia de 4LOUD, já que somos 4 integrantes.

A banda tem músicas próprias?

4LOUD - Sim, temos várias musicas. Os compositores são Binho Lemes e o Victor. Selecionamos 12 músicas que em breve serão lançadas. Estamos trabalhando duro e pegando um pouco da experiência de cada um, isso é muito importante, pois revela a identidade da banda.

Dá pra viver de  rock no interior?

4LOUD - Dá sim! Felizmente o cenário para bandas de Rock atualmente tem aumentado e muito. Bandas sérias e que estão a fim de mostrar música de qualidade, tem seu lugar garantido no mercado. Existem várias casas de shows apostando no bom e velho rock. Prova disso é que está na “moda” os shows de bandas cover.

Hoje o rock ainda é arte ou se tornou comercial?

4LOUD - O Rock nunca vai deixar de ser uma arte. Rock é expressar emoções de forma criativa contagiando em massa. Sempre vai rolar aquela velha e boa improvisação de guitarra no show, inspirada pelo público. A arte é instantânea.

Como definem o estilo de rock da banda?

4LOUD - Somos uma banda de Hard Rock.

Que artista/banda os influenciam ou inspiram vocês?

4LOUD - São várias as bandas, tais como: Whitesnake, Guns n’ Roses, Foo Fighters, Deep Purple, Van Halen e etc...

Qual expectativas da 4LOUD para o rock contemporâneo?

4LOUD - Atualmente, infelizmente o que está representando o rock na mídia não é o que temos de melhor. Sabemos que há uma grande manipulação sobre o que vai e deve estar nas “paradas de sucesso”. Existem várias bandas de Rock em nosso país com propostas fantásticas e de qualidade comparável com as de fora. Felizmente temos a internet que possibilita conhecer e interagir. Nós da 4LOUD, procuramos sempre manter essa interação através das redes sociais e vídeos, gostamos e muito dessa inter-relação.

O que a 4LOUD diria para aqueles que têm vontade de montar uma banda de rock?

4LOUD - O fator principal dever ser, tocar entre amigos. É preciso trabalhar em grupo e principalmente cada um reconhecer as limitações do outro. Convide um músico com mais experiência para assistir os ensaios, com certeza ele poderá opinar de forma construtiva e contribuir para o crescimento da banda. Drogas não têm ,absolutamente, nada a ver com Rock ‘n Roll. E o mais importante, disciplina e muita persistência.


No Dia Mundial do Rock, meu desejo é que o capitalismo barato e colorido não contaminem nossos artistas para que possam continuar a fazer boas músicas, abençoadas pelos solos de guitarras e baterias que regem um digno rock’n roll.
Meus agradecimentos especiais as duas bandas que me deram total atenção e a Revista Atual que acredita no talento bonifaciano e  publicou uma matéria sobre o Dia Mundial do Rock, se você ainda não viu, corra e pegue a sua!

Se você ficou curioso e quer conferir um pouco do trabalho dessas duas bandas, seguem os contatos e um pouco do som deles:

Nemodes:
Link com o áudio das músicas:
Clipe da música "Todas Elas" - http://www.youtube.com/watch?v=I8kOx6K-XRw

4LOUD:
Facebook do guitarrista Binho Lemes: https://www.facebook.com/binholemes1
Canal no Youtube com vídeos de shows e chamadas pra shows: http://www.youtube.com/watch?v=Zl0meNooLBc&list=UUlysD7VILNESkNkFN3KMNkQ&index=2&feature=plcp






segunda-feira, 2 de julho de 2012

Ouro Preto - Intercom Sudeste 2012




É sob o olhar vigilante das montanhas mineiras que se esconde um pouquinho da história do Brasil. E tive a oportunidade de conhecer esse lugarzinho chamado Ouro Preto,  através do Intercom Sudeste 2012.
Uma neblina misteriosa cobre a cidade que foi esculpida por sangue sofrido e preto  dos responsáveis pela riqueza do estado. Quando viajo, vejo que  mais do que saber de algo, é senti-lo e aprender a sua maneira.
 Aquelas ladeiras não serão mais as mesmas, porque nós não somos mais os mesmos. O responsável por tudo isso? O clima de Ouro Preto.
Mais que conhecer uma cidade, conheci uma turma fantástica que  brigou, lutou, estudou e festejou junto. Aqueles loucos de uma faculdade particular que não chegariam a lugar nenhum, foram até Minas,chegaram até o Intercom, esse foi o gatilho!
Ouro Preto é encantadora, pena foi passar pouco tempo por lá. Foram 3 dias intensos que deixou  muita história e aprendizagem  profissional e pra vida.
E agora eu volto para o meu cantinho aqui no interior aguardando o próximo destino que o jornalismo vai me levar.



                                                                                 

segunda-feira, 18 de junho de 2012

Democracia Perdida


É revoltante estudar a história política do Brasil e ver no que ele se transformou.
Ver que a luta de pessoas que se mobilizaram com as "Diretas Já", muitas vezes são esquecidas quando fazemos das urnas eletrônicas, lixos. Em 1989 os brasileiros que  finalmente dão grito de democracia com Collor, pedem seu impeachment em 1992. 
O povo brasileiro foi as ruas, lutou contra blecautes de energia, tropas de exército, crise econômica e foi capaz de unir músicos, atores, políticos de oposições e anônimos , em uma luta civil que hoje seria inimaginável.
Fafá de Belém foi eleita a “Musa das Diretas” por um povo que ovacionava o Hino Nacional, mas mal sabiam esses que seus filhos e netos não saberiam cantar nem as primeiras estrofes para  aclamar a “Pátria Amada”.
A vibração do botão “confirma” na urna eletrônica é pra lembrar que o voto  é uma conquista que não deve ser perdida no passado. Não se pode fazer com que  as repressões, bancas de jornais queimadas e violência que houveram no passado tenham sido em vão. Toda essa vibração significa motivos pra comemorar a democracia, ou pelo menos deveria significar.

Segue o vídeo da música "Como nossos pais - Elis Regina" pra acordarmos um pouco.