quarta-feira, 25 de julho de 2012

Um tempo para a infância.




Olho pela janela e o dia começa com uma manhã de sol quente e vento frio, típica de outono fora de época. O barulho do vento nas folhas das árvores,o cheiro fresco no ar e a solidão da rua vazia, me  faz recordar um tempo bom...

Um tempo onde a maior preocupação era se ia ter batata frita no almoço. Tempo em que a ansiedade era o horário de brincar e  tristeza era quando se tinha que partir para tomar banho. Malandro era o Pica-Pau, esperto o Papa-léguas, e o ferrado  na vida, o Coyote. Disputa era de bei-bleide. Ciúmes era da Sandy que cantava com o Júnior. Dormir tarde, era as 10! Trabalho era guardar os brinquedos. Saudade, era da mãe que tinha ido à vendinha comprar pão. Dor eram as cáries de tantos doces. Mentira grande era dizer que tinha comido tudo. Ter a força, era ser o Rimen.  Hakuna Matata era música. Obra de arte era desenho de homens palitos. Rebolar era no bambolê. Decepção era não ganhar 3 estrelas da professora. Desafio era aprender a escrever de mão. Choro era de esfolar os joelhos de tanto brincar na rua. Susto era dos monstros dos pesadelos e Levantar de um tombo, era levantar de um tombo.

Agora somos maiores de  I D A D E   e todos esses probleminhas, maiores de  VERDADE .

E num estalo de realidade,  vejo que não há mais o que fazer, sorrio para vazio e  olho para o  relógio no pulso. Mais uma vez  estou atrasada para servir  ao senhor tempo. É hora de voltar a ser Gente Grande.

Crédito da foto: Danilo Pires
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